Sequestrador do irmão de Zezé di Camargo e Luciano morre em confronto com a PM

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Com informações do G1 Paraná e Folha de Londrina.

Em 1991 o grupo do bandido, durante uma fuga, tomou um ônibus com 36 pessoas e foram interceptados por policiais do distrito de Bela Vista, município de Cambira (veja no vídeo abaixo).

Condenado pelo sequestro do cantor Wellington Camargo – irmão da dupla Zezé di Camargo e Luciano – Ozélio de Oliveira é um dos cinco mortos em um confronto com a Polícia Militar (PM), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), durante a madrugada de sábado (9). Ozélio integra a família Oliveira conhecida por no início da década de 1990 sequestrar o empresário de Maringá Samuel Tolardo (leia abaixo a história).

Os nomes dos demais mortos não foram divulgados. A informação sobre Ozélio (foto) foi confirmada ao portal G1 Paraná pelo delegado Fábio Machado. De acordo com a PM, os suspeitos foram localizados em dois carros após um trabalho de inteligência da polícia. Em seguida, começou a perseguição e houve o confronto. Nenhum policial se feriu durante o confronto, e o caso está segue sob investigação da Polícia Civil.

“Eles vieram de São Paulo, são faccionados, são do crime organizado, são envolvidos com situações criminosas”, disse o tenente Cruz, da Polícia Militar. Ozélio de Oliveira era conhecido como Sumô, foi condenado a mais de 108 anos de prisão por crimes como roubo, homicídio, além do sequestro de Wellington.

Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi o responsável pela organização de uma quadrilha de São Paulo em Roraima. Em setembro de 2018, Ozélio fugiu da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), na Região Metropolitana de Curitiba, junto com outros 28 presos. Durante a fuga, criminosos fortemente armados explodiram um muro da penitenciária e resgataram os detentos.

O sequestro

Wellington Camargo foi sequestrado no dia 16 de dezembro de 1998 em sua casa, no Jardim Europa, em Goiânia, por quatro homens armados e resgatado no dia 21 de março de 1999. Na madrugada do dia 13 de março de 1999, os sequestradores enviaram a uma emissora de televisão de Goiânia um pedaço da orelha de Wellington e um bilhete, para pressionar a família a pagar o resgate. Após dois dias, exames confirmaram que a orelha era mesmo da vítima. O resgate no valor de US$ 300 mil foi pago em 20 de março. No dia seguinte, Wellington foi deixado pelos sequestradores dentro de um buraco, a 150 metros de uma estrada vicinal, entre Goiânia e Guapó, na Região Metropolitana.

Atuação em Maringá

Ozélio era um dos integrantes da quadrilha temida no Paraná conhecida como ‘Irmãos Oliveira’. A atuação do grupo começou nas regiões de Maringá, Munhoz de Mello (cidade de origem dos irmãos) e Cianorte. Dos seis irmãos, três teriam participado do sequestro de Wellington. Um dos crimes de maiores repercussões do grupo foi o sequestro do empresário Samuel Tolardo, na Zona 2, em Maringá, no ano de 1991, que culminou em uma outra ação com vários reféns.

O crime a época, segundo apurou a polícia, foi planejado por um corretor de imóveis que cumpriu pena e está em liberdade condicional. Para liberar o empresário, a quadrilha pediu US$ 2 milhões. O valor depois baixou para US$ 1,5 milhão. Na tentativa de fuga, depois de trocar tiros com a polícia, os irmãos Oliveira tomaram um ônibus com 36 pessoas e foram interceptados por policiais do distrito de Bela Vista, município de Cambira (veja no vídeo abaixo).

Eles ficaram das 18 horas de uma quarta-feira até as 15 horas dia seguinte, com os reféns. Cercados pela polícia, os Oliveira começaram a troca de tiros. No local, morreram um refém – Ismael de França -, uma pessoa que acompanhava o sequestro e o sequestrador Osmar Francisco de Oliveira. Os irmãos Manoel e Joaquim Oliveira foram presos.

Eles ficaram das 18 horas de uma quarta-feira até as 15 horas dia seguinte, com os reféns. Cercados pela polícia, os Oliveira começaram a troca de tiros. No local, morreram um refém – Ismael de França -, uma pessoa que acompanhava o sequestro e o sequestrador Osmar Francisco de Oliveira. Os irmãos Manoel e Joaquim Oliveira foram presos.