





Homem que manteve a esposa em cárcere privado por oito anos e foi preso em flagrante, é liberado após audiência de custódia
Um homem de 23 anos, suspeito de manter a esposa da mesma idade em cárcere privado por oito anos, foi preso em flagrante na sexta-feira (14) em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi detido pelos crimes de sequestro, cárcere privado, ameaça e dano emocional à vítima, todos no contexto de violência doméstica. No entanto, após passar por audiência de custódia, foi liberado para responder em liberdade.
A prisão ocorreu após a vítima enviar um e-mail pedindo socorro para a Casa da Mulher Brasileira, que acionou a Polícia Militar. Inicialmente, a mulher negou estar em situação de violência, mas, ao ser confrontada sobre a mensagem, chorou e confirmou as agressões.
Segundo o relato da vítima, o homem a vigiava por câmeras de segurança e restringia seu contato com outras pessoas. Ela não tinha celular próprio e relatou ter sido amarrada e asfixiada em diversas ocasiões. O filho do casal, de 4 anos, também vivia preso dentro de casa.
Há 15 dias, a mulher tentou pedir ajuda entregando um bilhete em um posto de combustíveis, mas, na ocasião, a polícia não conseguiu localizá-la. As investigações continuam e as imagens das câmeras apreendidas serão analisadas.
Opinião do redator:
Não se sabe quais os argumentos utilizados para soltar o homem após a audiência de custódia
A liberação do suspeito após a audiência de custódia é um grave retrocesso na proteção das vítimas de violência doméstica. Uma mulher que sofreu anos de cárcere privado e agressões não pode continuar vulnerável enquanto seu agressor responde em liberdade.
O sistema judicial precisa garantir segurança e justiça, não normalizar a impunidade. Quantas mais precisarão sofrer até que medidas firmes sejam tomadas?
A liberdade do agressor representa um risco real e inaceitável.


