Inovar, segundo o consultor do Sebrae/PR, Tiago Cunha, tem a ver com repensar as estratégias do negócio.
Inovação não é sinônimo de investimento só em aparato tecnológico. Tem a ver com repensar as estratégias do negócio. Aliás, repensar ou pensar em soluções é a chave para sair da crise e também se sobressair no mercado. O consultor do Sebrae/PR e especialista em Inovação, Tiago Cunha, de Apucarana, explica que inovação é algo tangível. “A verdadeira inovação é feita por pessoas para pessoas, sendo a tecnologia o meio e não o fim de qualquer ação inovadora”, afirma.
De maneira prática, segundo Cunha, a inovação pode sim ajudar as empresas a saírem da crise. Para isso, a primeira coisa a fazer é conhecer ferramentas que possam auxiliar neste momento. Como exemplo, ele cita modelos de negócios tradicionais, como lojas físicas ou restaurantes. “Com as restrições impostas pela pandemia, empresários desses segmentos têm investido, cada vez mais, em entregas a domicílio, atendimento por aplicativos de mensagens (WhatsApp e Telegram) e plataformas de vendas. Não é nada novo no mercado, mas é novo para o negócio deles”, comenta.
O especialista em Inovação observa que ações como essas não exigem investimento em tecnologia avançada. “É preciso abrir-se para o novo, adaptar-se às necessidades porque, de tempos em tempos, o mercado vai exigir modificações, como agora. O momento atual pede mudanças de comportamento de todos os envolvidos”, ressalta.
Segundo o consultor do Sebrae/PR, não são somente as lojas físicas que estão adaptando a maneira de atuar. “Várias empresas do ramo de confecções, de Apucarana, adaptaram suas linhas de produção em poucos dias. Deixaram de produzir bonés e camisetas e passaram a confeccionar máscaras e aventais de acordo com as normas de saúde. Isso é inovação. A inovação só acontece quando resolve um problema, quando é aplicável. Se isso não acontecer, é somente uma invenção”, pontua.
Cunha comenta ainda que não há limitações para inovar, mas existem três mecanismos básicos para criar novas soluções: o serviço ou produto tem que ser desejável pelas pessoas, aplicável e gerar retorno (econômico, social ou ambiental). “Por isso, os projetos Conecta Apucarana e Parque Tecnológico são tão importantes para fomentar a cultura da inovação em Apucarana e em toda a região”, frisa.
Cunha, que integra os dois projetos, também destaca que o próprio Sebrae/PR é um entusiasta da inovação e oferece programas específicos para pequenos negócios, como o Potencialize, além de cursos e consultorias na área.
