Suspeito de manter mulher em cárcere por 5 anos está foragido e é procurado pela polícia do Paraná

Suspeito de manter mulher em cárcere por 5 anos está foragido e é procurado pela polícia do Paraná

Jean Machado Ribas, de 23 anos, está foragido e é procurado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). Ele é suspeito de manter a própria esposa em cárcere privado por cinco anos em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba.

Ele é procurado pelos crimes de sequestro, cárcere privado, causar dano emocional à mulher, ameaça e lesão corporal contra a mulher. Na sexta-feira (14), a vítima foi resgatada, junto com o filho de 4 anos, pela Polícia Militar (PM), depois de enviar um e-mail com um pedido de socorro para a Casa da Mulher Brasileira.

A polícia pede a colaboração da população com informações que levem à captura de Jean. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.

No dia, o suspeito foi preso em flagrante. Porém, na manhã de domingo (16), foi solto após passar por uma audiência de custódia.

Na ocasião, o Ministério Público se manifestou contra a prisão preventiva do homem, afirmando que o suspeito não apresentava antecedentes criminais relevantes e que a medida protetiva vigente seria suficiente para preservar a integridade física e psicológica da vítima.

Porém, um dia depois, o órgão voltou atrás e solicitou a prisão preventiva do homem. Ao solicitá-la, a Promotoria de Justiça destacou a periculosidade do suspeito e a necessidade da medida para a garantia da segurança da mulher e dos familiares.

“O pedido de prisão preventiva foi realizado após o recebimento de novas informações, sobretudo do temor enfrentado pelas vítimas e seus familiares”, afirma a promotora de Justiça Thaís Bueno Martins Ribeiro.

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) aceitou o pedido e a Polícia Militar tentou cumprir o mandado de prisão, mas o suspeito não foi encontrado.

A vítima contou à polícia que o homem, de 23 anos, a vigiava por meio de uma câmera de segurança que ficava voltada para a porta da residência.

Segundo o delegado Gabriel Fontana, a polícia apreendeu as câmeras de monitoramento e está extraindo as imagens para integrar as investigações.

A mulher relatou ainda que o suspeito não a deixava contatar outras pessoas se ele não estivesse presente, e que o filho de 4 anos do casal também vivia preso dentro de casa e presenciava as agressões.

A vítima afirmou que não tinha celular, e só tinha acesso a um aparelho que era usado em conjunto com o homem. Disse ainda que já foi amarrada e asfixiada pelo suspeito em diversas ocasiões.

Ainda conforme a mulher, os familiares sabiam da situação e eram coniventes com as agressões, acobertando o marido.

Cerca de 15 dias antes de enviar o e-mail para a Casa da Mulher Brasileira, a mulher havia tentado pedir ajuda deixando um bilhete de socorro em um posto de combustíveis.

“Me ajude. Sofro muita violência em casa”, dizia o papel.

Na época, conforme a Polícia Militar, a corporação fez diligências na região indicada pelo bilhete, mas não encontrou a mulher, nem o suspeito.

Após ser resgatada, ele recebeu acolhimento.